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Síntese de um éster de aroma de fruta: banana

O que são aromas?

Na maior parte das vezes, o aroma encontrado em alimentos industrializados é devido a presença dos ésteres. O acetato de isoamila é o éster que confere aroma de banana aos alimentos1.
Estrutura química do acetato de isoamila em modelo 3D. As diferentes cores das esferas representam os diferentes átomos presentes na molécula: hidrogênio (brancas); carbono (cinzas) e oxigênio (vermelhas).
Representação bond line da estrutura do acetato de isoamila. Nomenclatura segundo a IUPAC: etanoato de 3-metilbut-1-ilo.
Entre os compostos encontrados na natureza, os ésteres são responsáveis pelo odor agradável de flores e frutos. Por exemplo, quando tomamos um sorvete de abacaxi, no seu preparo utiliza-se uma essência sintética que dá o gosto de abacaxi. Esses compostos possuem importantes aplicações na indústria como flavorizantes 2
A síntese química dos ésteres através do processo de esterificação é a mais comum. Em 1985, Emil Fischer e Arthur Speier escreveram pela primeira vez sobre a síntese dos ésteres. Mais tarde, essa síntese ficou conhecida como a esterificação de Fischer-Speier. Em seus experimentos, foram utilizados metanol (álcool metílico) e etanol (álcool etílico). O ácido sulfúrico e o ácido clorídrico foram utilizados como reagentes auxiliares nos seus experimentos. O químico alemão Leopold Gmelin cunhou o termo éster na primeira metade do século XIX.

Emil Fischer (1852–1919), um químico orgânico alemão, descobriu a cafeína e estudou as estruturas moleculares de açúcares e proteínas. Recebeu o Prêmio Nobel de Química em 1902.

Referências

1. LIMA, F., B.; PLACEDES, J.; CARDOSO, C. R. Avaliação do rendimento dehidrodestilação para aprodução deóleo essencial das cascas de Citrus sinensis(L.) Osbeck. Revista Brasileira de Ciência, Tecnologia e Inovação, v. 4; n. 3; p. 257-266, out./dez. 2019.

2. SILVA, D. G. Isolamento e Caracterização do Óleo Essencial da Lippia Alba (Mill.) N. E. Brown (Erva Cidreira e Investigação da Atividade Biológica. 55f. Trabalho de Conclusão de Curso, Departamento de Química, Universidade Federal de Santa Catarina, 2008.

3. FELIPE, L.; O.; BICAS, J. L. Terpenos, aromas e a química dos compostos naturais. Química Nova na Escola, v. 39, n. 2, p.120-130, maio, 2017.

5. BIZZO, H. R.; REZENDE, C. M. O mercado de óleos essenciais no Brasil e no mundo na última década. Química Nova, v. 45, n. 8, p. 949-958, 2022.

6. SUZUKI, L. L. Análise técnico-econômica e ambiental de processos de valorização do resíduo da indústria de suco de laranja. 81f. 2019. Dissertação (Mestrado em Ciências), Departamento de Engenharia Química, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019.

7. MATOS, S. S. Considerações sobre a inserção do tema “contribuições da biossegurança na graduação em estética e cosmetologia” na disciplina de aromaterapia, com vistas à integridade do usuário. 64f. 2013. Monografia, Ensino em Biociências e Saúde, Curso de Especialização em Ensino em Biociências e Saúde, Instituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ, 2013.

8. SIMÕES, C. M. O. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6 ed. Porto Alegre: Editora UFSC, p.467-468, 488-495, 2010.

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